*2016. Dois desses cinco, nasceram no dia 9 de outubro. Um, em 1940. Outro, em 1961.
Quando mais novo, aos 8 anos, fiz uma versão para “Hey, Jude“, dos The Beatles. Não entendia nada de inglês, e a cadência da canção dava a entender que fosse de amor romântico. Mais tarde, soube que foi feita por Paul McCartney para Julian Lennon, filho de John, por causa do divórcio de seus pais, encorajando-o a enfrentar a vida e buscar na tristeza motivação para superá-la. Quando soube que Lennon nascera no dia 9 de outubro, assim como eu, o transformei em meu espelho.
Por algum motivo, eu achava que fosse morrer cedo, aos 33, como Cristo. Ou aos 40, quando Lennon foi assassinado. Poderia ser mais tarde, como Mário de Andrade, outro que nasceu na mesma data e nome do Parque Infantil que frequentei até os 12 anos — projeto dele quando foi Secretário da Educação do Município de São Paulo. No entanto, tendo já chegado aos 64 anos, já superei os 62 da morte do autor de Macunaíma. Esse desejo de identificação com meus ídolos, incluindo o Nazareno, um dos meus avatares favoritos, já superei. Mas a influência que exercem em mim continua forte e espero que possa ser minimamente interessante para honrar o dia em que nasceram.




