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LIMOEIRO

Ele morreu, o nosso limoeiro-rosa…

É tão estranho vê-lo totalmente ressecado… tentamos salvá-lo logo que percebemos o início de sua partida – podamos os galhos secos, limpamos a área ao seu redor e colocamos adubo orgânico.

A hipótese mais provável de sua decadência gira em torno acidez do cocô dos cachorros. Devido à sua acidez, talvez tenha alterado a boa qualidade do solo. Justamente agora, estamos reformando essa parte do quintal para transformá-lo em um jardim fechado para evitar isso.

O Limoeiro, esse personagem de uns trinta anos, viveu os seus primeiros cinco em um vaso. Ficou preso a ele como um bonsai até que foi transplantado para a terra. Cresceu bastante, mas não tanto. Os seus frutos podiam ser colhidos facilmente, pois ficavam ao alcance da mão.

Não imaginava que essa testemunha de mais de metade da minha vida, partisse assim, simbolicamente, no outono. Bravo como poucos, antes de partir ainda produziu um limãozinho. É como se enviasse um recado agridoce de reafirmação da vida…

A minha homenagem a esse querido amigo natural!

Beda Scenarium