No Dia das Bruxas e da Poesia (em homenagem ao nascimento de Drummond) de 2011, fiz uma pequena postagem que achei pertinente. Desde então, sinto que não mudou muito o meu estado mental.
À época, há exatos doze anos, fazia o 5°. Semestre do curso de Educação Física na UNIP-Marquês. Escrevia algumas crônicas postadas no Facebook, mas por respeitar muito a função da escrita, apesar de meu espírito de escritor, eu não me assumia como tal.
“Gosto de pensar enquanto ando. Hoje, pensei bastante… Coisas do coração… Ainda bem que temos a cabeça para tal mister! Como já disse Pessoa, ‘se o coração pensasse, pararia’.”
Em 2015, ao ser chamado por Lunna Guedes para compor o time da Scenarium, “saí do armário” para me anunciar como escritor. O que significa transformar em palavras a vida que acontece. Registros que podem cair no ostracismo por falta de qualidade ou por exigir o esforço da leitura e da interpretação. O que é uma construção mental. Em tempos em que a distração é o objetivo, focar seus olhos e pensamentos em desenvolver uma interação, vai contra a modernidade de simplesmente ver a vida acontecer, sem se envolver. Levamos a arte do voyeurismo à quintessência. E dá-lhe fórmulas prontas e imagens manipuladas para nos dirigir a atenção…

