13 / 07 / 2025 / Tempo*

Tento viver um dia de cada vez… mas, ouço, com certa frequência, pessoas argumentarem que devemos planejar o futuro — e não ficarmos totalmente presos ao Presente.

Não vejo melhor maneira de estruturar o futuro que nos dedicarmos ao Presente… da melhor maneira possível.

Um passo por vez, no bom caminho, sempre em frente… com o destino estampando — como se fosse o letreiro luminoso de um ônibus: FUTURO. Afinal, tudo o que ocorre conosco, nos dias que correm, é consequência direta do nosso passado.

O Tempo, para mim, é relativo… alguém já provou, por “a + b”, com muito propriedade, que assim é. Eu diria, até, que o Tempo não existe — pelo menos, não da maneira como o estipulamos, medido em números.

O que chamamos de Tempo diz respeito aos efeitos dessa contagem de números sobre o nosso corpo e sobre a matéria… nesse caso, chega a ter certo fundamento.

Os gregos foram mais espertos ao definirem o Espaço-Tempo de acordo com os deuses e o homem.

Eu prefiro relacionar o tempo a um estado mental e, dessa maneira, em minha mente, os três Tempos — passado-presente-e-futuro — se confundem.

Para simplificar e não parecer uma pessoa fora do Tempo, estipulo que o nosso Passado apenas nos explica o Presente, e o nosso Futuro… acontece agora.

*Texto participante do livro de crônicas REALidade, lançado em 2017 pela Scenarium Livros Artesanais.