Carta Do Passado Para Todos Os Tempos*

LALÁ,

demorei a lhe falar porque normalmente declino um monte de asneiras. Mas com você sinto-me à vontade para expô-las. O que digo aqui provavelmente não conseguiria dizer para a maioria das pessoas mais próximas do meu relacionamento, já que levo uma vidinha bem provinciana em termos familiares e amistosos. Discussões sobre a intimidade divina não passam dos anúncios de aforismos cristãos e de tentativas de relacionar-se com Deus através do temor.

Creio que Deus seja o deus do possível e tudo que passa por nosso pensamento é passível de existência. Se não existe no mundo material, palpável, pode passar a existir em nossa mente, onde criamos mundos inteiros. Com a imaginação, conseguimos subverter as leis e a ordem natural das coisas. Ou antes, a ordem natural das coisas passa por nossa ordem pessoal das coisas. Em última instância, mesmo que nós, como observadores, queiramos manter-nos distantes do mundo que nos cerca, normalmente interferimos na sua definição. Porque ao fazê-lo, usamos expressões e palavras, normalmente inexatas, parciais ou corrompidas por usos anteriores. Enquanto não tivermos a capacidade de nos comunicarmos por puras ondas mentais, quaisquer materializações, por palavras, símbolos e ações, dificilmente será entendida em sua integridade. Ainda mais porque a Matemática, língua oficial de Deus, não é alcançada pela maioria das pessoas e quem as utiliza talvez estejam presas a ditames que obedecem a fronteiras delimitadas.

E mesmo crendo que as construções linguísticas de que dispomos não sejam suficientes para o entendimento humano, confesso: como gosto de brincar com as palavras! Sinto-me bem, principalmente quando elogiam o que eu digo. Sinto-me envaidecido ainda mais quando crio uma expressão que consegue penetrar o âmago de alguma questão. Antes, quando não nos comunicávamos tão celeremente como fazemos hoje em dia através das redes sociais que nos agrupam em uma “sala”, estejamos aqui ou no Haiti, a única maneira que poderia existir para me apresentar (eu, por minhas palavras) seria escrevendo um livro que fosse publicado ou conversando com colegas e amigos, em rodas menores de contato direto. Da maneira como ocorre atualmente estamos criando uma poderosa máquina de comunicação, ainda que não compreendamos tão prontamente todo o seu alcance e força. Ao final, espero que a vacuidade da minha vaidade intelectual não me desvie do objetivo primordial que é conhecer-me através dos outros.  

Para adentrar no assunto que me levou a lhe escrever, digo que gostei muito do modo como o Prof. Laércio expôs a sua teoria sobre o Cosmo, integrando a Física – a Quântica e a Tradicional ( ainda mágica, mesmo assim) – à ainda subentendida dimensão espiritual. Ao discorrer sobre a existência de uma base plausível de ordenação do Universo visível e invisível, pela primeira vez em muito tempo, senti-me confortável em ouvir sobre equações e leis estruturais do átomo. Fiz anotações, como em uma aula normal, enchi o meu caderno de rabiscos e expressões e coloquei, lado a lado, números, questionamentos filosóficos, incitados pela Física, o princípio da incerteza e a confrontação entre a Matemática estatística e a objetiva.

Mas não passarei para você coisas que você já ouviu no vídeo, porque isso seria só repetir o curso. Darei a minha impressão sobre o que mais me chamou atenção – a menção feita de forma meio solta, quase casualmente, no terço final da palestra: somos um projeto de “extraterrestres”, seres de um dos níveis de energia do Campo Unificado. Para isso, mesmo temendo ser enfadonho, farei uma introdução.

Em cada passo que dava, o Homem enxergava uma ameaça à sua espreita – a cada animal ágil e voraz, a cada urro que ecoava pelos ares, a cada forte ventania que arrancava árvores inteiras do chão, a cada raio que riscava o horizonte. Porém, cada vez que via surgir a luz do dia ou a cada estrela que reluzia na abóboda celeste à noite, a cada flor que se projetava fora do manto de neve no início da primavera ou a cada canção produzida pelo roçar da brisa nas folhas das árvores, o mesmo Homem podia sentir a vibração da Vida a se afirmar.

Entre o medo e o encanto, a nossa espécie sempre preferiu se encantar e ultrapassar os seus próprios limites físico. Ela preferiu se identificar mais com o voo do pássaro do que com o rastejar da cobra e passou a se utilizar de sua poderosa imaginação para se desvencilhar das amarras que a prendiam à Terra. Tentou encontrar um sentido para o Mal, um equilíbrio no aparente Caos e se dedicou a se projetar de encontro ao Infinito, ao Invisível, à Força que percebeu existir por trás de cada acontecimento em seu entorno. Creio que a organização civilizacional ao longo do tempo, ao tornarem as crenças em instrumentos de castração e não de libertação espiritual, criou prisões em que o antagonismo se evidencia e se transforma em violência.   

Sempre me impressionou, conforme eu estudava o corpo humano, a capacidade plástica do cérebro, que parece ter sido feito para atender ao crescimento exponencial da inteligência humana. E como tudo é aparência, conforme as leis físicas conhecidas já deixaram descortinar ao tentar desvendar o Universo, do infinitesimal ao Infinito, aproveito para brincar com as possibilidades que o Prof. Laércio lançou com as suas ideias.

A capacidade desenvolvida pelo ser humano (ou para o ser humano) para chegar ao entendimento, ainda que mínimo, de sua condição foi resultado da evolução ou da criação? O chamado “desenho inteligente” do corpo humano seria uma prova inconteste alegada pelos criacionistas de que fomos criados pelas mãos de um ser superior. Não me oponho a essa ideia. No entanto, acredito que o surgimento do Homo sapiens obedeceu a um projeto engendrado pela Inteligência Universal para o nosso planeta, convertido no que poderíamos chamar de um grande laboratório existencial.

Na explanação do Prof. Laércio, ele citou que uma inteligência de fora deste plano que utiliza este planeta para que a Consciência, individualizada em corpos, se desenvolva para além das limitações impostas pelos invólucros corporais. Neste caso, a maior frequência de oscilação do campo energético desenvolveu a sua individualidade. Mesmo sendo uma “perturbação na Força”, não deixa de ser maravilhoso que essa manifestação da Criação apresente uma identidade diferenciada, um projeto “pessoal” de Deus.

Eu elaborei ao longo do tempo essa mesma percepção que, das formas mais básicas de vida até a “criação” do ser humano, fomos desenvolvidos em um processo supervisionado por entes “próximos” de nós. Este lugar onde vivemos é onde a nossa essência vivencia, vestida de homem ou de mulher (ou de…), as experiências necessárias para a nossa emancipação.

Mas a Terra não pertence só aos seres superiores (como vaidosamente consideramos ser), mas também às outras espécies que hospedam níveis de consciência mais diluídos ou ainda não totalmente desvendados. Por isso, devemos aprender a equilibrar a demanda de recursos, preservando a existência dos outros entes que convivem conosco nesta nave.

Muito mais besteiras poderia alinhar em sequencias absurdas, mas se você chegou até a estas últimas frases, aproveito a oportunidade para agradecer por estimular novamente esta minha vertente onde brotam ideias destrambelhadas, mas intimamente ligada ao melhor de mim.

                                                                                                                               Abraços!

*Texto de 2011

BEDA / Vestida De Mim

Ela dizia, sem pudor ou tentativa de não parecer ridícula, que se deu conta de que estava definitivamente viciada. A falta do que queria chegava lhe dar desconforto físico. Ansiava pelo momento em que teria a dose outra vez. A vertigem do toque, a embriaguez que a saliva lhe provocava, o cheiro do homem que a enlevava… o sexo que se extasiava em abocanhar…

Há impulsos que não podem ser contidos, aduzia, e quando percebeu a oportunidade que se apresentou, se jogou sobre mim como uma náufraga sobre um pedaço de destroço no meio do mar. Não importou estar casada com um bom rapaz, que lhe trazia equilíbrio, viver uma fase de estabilidade emocional ou estar com a carreira em progressão…

Arriscou tudo para estar comigo desde a primeira vez que me viu em uma festa de rua. Da atração á franca e escancarada aproximação bastou poucos dias. Eu, entre tímido e assustado, quase não ofereci resistência. Afinal, aquela mulher que me desejava tanto era bela, instigante… e confiante o suficiente para nós dois.

Desde o princípio, mal percebi o que estava acontecendo comigo… conosco… Estava fascinado pela entrega daquela moça. Ela me fazia alcançar gozos imensos e estados mentais em que se revelavam outros “eus” além de minha identidade reconhecível. Falava sem pudor que o meu esperma a preenchia de uma quentura cauterizante. Nunca havia imaginado que houvesse alguém que pudesse amar tanto! Uma amorosa paixão que me absorvia de corpo e alma.

Nunca me tive em alta conta. Jamais fui alvo de tantas atenções até que passei a ser olhado de forma insinuante tanto por mulheres quanto por alguns homens. Eu ainda não estava tão à vontade com o poder recém-adquirido, apesar de flertar de forma inconsequente, pois abandonava no meio do caminho qualquer aproximação mais séria… até que ela surgiu em minha vida de modo avassalador.

Comigo, revelou, ela se sentia uma mulher poderosa, uma fêmea conectada com a força propulsora do universo. Gostava de mergulhar em meus olhos, buscar a minha alma, sem vergonha de me invadir inteiro. Dizia que vivia vestida de mim, em estado de contínuo arrepio. Que pareciam ser contagiosos, pois passaram a ser constantes em sua presença. Ousávamos nos encontrar nas oportunidades mais inusitadas quando então ela se oferecia a mim para o embate de corpos, estando onde estivéssemos. Sem ensaios prévios, assim que nos encontrávamos, iniciávamos uma estranha dança no qual apenas nós ouvíamos a canção que nos conduzia, agarrados, em trocas de beijos apaixonados…

Na último encontro marcado, porém, decidi não aparecer. Fiquei a observando de longe. Ela insistiu ao celular por duas horas em frente ao restaurante em que comeríamos. Não obteve resposta. Não emiti nenhum sinal. Fiz parecer que havia desaparecido da face da Terra. Deve ter se dado conta que não sabia nada sobre mim – nome completo, endereço, conhecidos… Desmaiou em plena Avenida Paulista. Corri em sua direção, mas logo foi cercada por várias pessoas que a acudiram, sendo levada para o hospital. Soube que acordou meia hora depois, com soro sendo injetado no braço.

Ainda perplexa, procurou se acalmar e quase gritou de alegria quando viu um vulto se aproximar de sua cama no ambulatório. Engasgou o clamor na garganta quando percebeu se tratar de seu marido. Ensaiou um sorriso medroso e logo sentiu a serenidade de seu abraço… Chorou um choro sentido… Seu marido nada disse. Apenas a olhava com os olhos de seu amor calmo… Talvez soubesse de algo, mas não deu a entender.

Nunca mais dei notícias. Interrompi tão intenso romance por ter me acovardado diante daquele maremoto que me jogou de um lado para outro dentro da minha própria existência. Eu havia perdido o chão e voar não era para mim. Acomodado comigo mesmo, seguia regras auto impostas que o amor daquela mulher havia transformado em pó. Ao mesmo tempo em que me sentia poderoso por tê-la a meus pés, me percebia rendido à sua submissão. Mais um pouco e não conseguiria escapar ao vórtice do buraco negro da paixão. Cortei com uma faca afiada tamanho bem pela raiz.

Pelo resto dos meus dias, cada um deles, eu sei que me arrependerei da decisão que tomei. O fantasma roto do imenso amor a mim dedicado passeará pelas ruas sem charme da cidade de pedra a me assombrar pelas manhãs, tardes e noites… até o instante de meu último suspiro, quando soprarei o nome de meu único e total amor…

Foto por Enes u00c7elik em Pexels.com

Participam do BEDA: Suzana Martins / Lunna Guedes / Darlene Regina / Mariana Gouveia / Roseli Pedroso

3022

Viajei mil anos à frente. Errei, ao digitar a data. Teclei o ‘3” em vez do “2”… Por um instante, abateu-se sobre mim certa melancolia. Em um átimo, senti, em profundidade, o peso do esquecimento do que eu fui. Percebi que ninguém se lembrará da minha existência, apesar de haver a possibilidade que a minha descendência insista em vibrar em algum corpo do futuro.

O mais certo é que, caso a Terra não seja incinerada atomicamente por seus habitantes, os átomos que formaram a minha identidade estejam espalhados por campos de plantas, patas de animais ou pela água do mar, a formar novos jogos de referência com o planeta. O fogo de minha mente, apagado, não mais aquecerá qualquer saber… Ou seria o saber que ilumina a mente?

O meu espírito, segundo acredito, espero que esteja mergulhado em Deus… Ou no Universo (para mim, a mesma coisa), a compor a Força que nos rodeia, nos penetra, nos move e vibra com o Todo. Ainda assim, por mais que queira acreditar que permanecerei (ainda que não continue a existir como eu mesmo), fiquei triste, como nunca fiquei, com o meu passamento.

Intuí que, se fosse morrer hoje, por exemplo, teria quem se lembrasse de mim – irmãos, mulher, filhas, outros parentes, amigos e conhecidos. Com o tempo, a minha imagem, o que eu fiz, o que eu disse e escrevi, se perderia aos poucos… Mas, mesmo assim, seria uma existência prolongada por mais um tanto de anos…

Mil anos, simbolicamente, é uma eternidade. São várias eternidades… Estarei irremediavelmente morto em 3022. Mas a minha energia reverberará em outra forma e identidade de Vida. E se a Terra não estiver devastada, aportado em outro planeta.

Foto por Charlie CT em Pexels.com

Amor Amado

Eu a amo…
Amor não correspondido.
Prefiro assim.
Tem maior valor o meu Amar

Eu o tenho como tão precioso
que não quero vê-lo exposto,
devassado por outros olhos
que não os meus,
no espelho de minh’Alma

Sei de sua Força,
de sua Chama,
que me chama para perto de sua Luz,
ainda que me distancie do Sol

Caminho por estrada de mão única.
Não me importo que vá
Querer Você e não a ter,
me faz completo.

Paciente, fico à espera
que o Vento me disperse,
que o Tempo peça
que de si me despeça,
Amor Amado

Foto por RODNAE Productions em Pexels.com

Projeto Fotográfico 6 On 6 / As Minas E As Manas Da Família

Não deveria ser necessário um dia especial para comemorar a existência da mulher. Por ser um homem que as ama, eu as valorizo todos os dias. Alguma mulher poderia perguntar que tipo de mulher eu amaria. Com toda a razão, aliás. Há homens que “preferem” amar mulheres que se atenham a se apresentarem como objetos sexuais ou que se restrinjam a tarefas específicas, normalmente ligadas a funções de menor alcance social, ainda que fundamentais.

Eles não admitem contestação ou qualquer sinal de maior capacidade mental e, muito menos, física – espaço em que tenta mostrar maior predomínio – como se merecesse distinção por ser o caçador dos primeiros grupamentos humanos. De fato, quando encontra uma possível companheira que alia atrativos físicos a identificação aos papéis designados pelo Patriarcado, sacramenta a união.

Eu sou fascinado pelas mulheres em toda a complexidade e atributos. Torço por aquelas que ainda não descobriram o poder que carregam. Admiro àquelas que buscam alcançar a plenitude propalada pelo movimento feminista. Mesmo as que originalmente tenham nascido no gênero masculino e se sentem femininas. Acredito que possam encontrar as suas identidades como mulheres, para além de efeitos hormonais.

Ainda garoto, buscava respeitar as meninas e as irmãs. As minas e as manas – as próximas e as distantes – eram, acima de tudo, motivo de admiração e fascínio. Com a minha irmã parental, tinha altercações motivadas por nossas personalidades impositivas. Típicas entre irmãos que competem entre si por atenção ou espaço. Mas nunca deixei de reconhecer a sua força e importância. Atualmente, temos uma relação estável em que o convívio é mais harmonioso, dentro do que seja possível entre um libriano e uma capricorniana.

Depois de me abster da vida social até quase os vinte e cinco anos, para além do estudantil e profissional, comecei a pensar que pudesse enfim me envolver romanticamente com a contraparte da espécie. Foi um processo penoso, já que não é nada confortável estar diante de pessoa uma autônoma, de vivência díspar, vontade e desejos divergentes e, ainda assim encontrar mais similaridades do que incongruências, para seguir no caminho da construção de uma família.

E assim, no encontro com a Tânia, surgiu o meu grupo mais íntimo, formado por nós dois e as três meninas. Antes, apenas filhas, essas minas são também manas, já que adultas, passamos a conversar de igual para igual sobre os assuntos mais prementes da Sociedade – da eleição do Ignominioso Miliciano à Guerra da Ucrânia, dos refugiados da cotidiana guerra invisível em nosso próprio País à afirmação libertária da mulher diante do Patriarcado.

A base da qual eu venho é de uma relação abusiva de minha mãe por meu pai. Ausente muitas vezes, quando voltava para casa, a saudade e o respeito terminavam gradativamente feridos, sendo substituídos pelo medo. Eu o tenho como um exemplo a não ser seguido. Todo o desprezo que tentou incutir em mim pelas mulheres (assim, no coletivo, para despersonalizá-las), foi barrado pela energia descomunal de minha mãe, Dona Madalena, que nos criou praticamente só, realizando todos os tipos de trabalhos para nos manter saudáveis e aptos, pelo estudo, a nos tornarmos cidadãos plenos. Nela, encontrei o resumo de tudo o que uma mulher consegue realizar, apesar da pobreza material, habitantes da Periferia paulistana. Nós nos tornamos – seus três filhos – pessoas de bem.

A Família Ortega, do pai ausente, no Natal de 2002, de mesa farta como gostava, Dona Madalena e seus três filhos: Humberto, eu e Marisol.
A primogênita, Romy. De personalidade esfuziante, apesar de todas as tribulações que vive pela saúde instável, resta dizer que é de Leão, ou seja, o Sol nasce quando ela chega. Trabalha numa área de atuação semelhante à minha. Por mais que eu objetasse, nunca interferi nos projetos das minhas filhas, principalmente se as fizessem felizes.
A moça da foto, Ingrid, nasceu sob os eflúvios de Aquário. Dizia, quando era criança, que seria advogada. Hoje, a mulher pequena no tamanho, desenvolve um grandioso projeto de auxílio à pessoas desprovidas de recursos para se defenderem da injustiça institucional por raça ou classe social.
Lívia, a mais nova, administradora, de personalidade forte e aguerrida como as outras, a escorpiana de mão cheia, ainda está tentando encontrar o equilíbrio que os números pretendem representar. Com o tempo, perceberá que a vida sempre apresentará saldos positivos, apesar do quadro das entradas e saídas apresentarem déficits financeiros.
Tenho certeza que é pelo amor que a sagitariana Tânia tem espalhado pelo mundo ao cuidar, como Enfermeira, daqueles que sofrem, curando ou minimamente aliviando suas dores, que terá o seu nome reconhecido. Pelo amor dos nossos amigos cachorros que receberam abrigo, alimento e carinho em sua casa. Alguns que depois foram para outros lares e os que estão conosco, dos quais receberá lambidas eternas em seu coração. Pelas plantas que produzem flores, frutos, visitantes alados e perfume. Pelo amor que devotou a quem está próximo, tão próximos que já não sabem viver sem ela em suas vidas.

Participam: Mariana Gouveia / Lunna Guedes / Roseli Pedroso / Isabelle Brum