26 / 01 / 2025 / Casa Do Caralho

Segundo a Academia Portuguesa de Letras, “CARALHO” é a palavra com que se denominava a pequena cesta que se encontrava no alto dos mastros das caravelas (navios antigos, usados nos descobrimentos) e de onde os vigias perscrutavam o horizonte em busca de sinais de terra ou de algum navio pirata. Como era um lugar inseguro, exposto de forma mais radical dos movimentos das naus, também era para onde alguns marujos eram castigados por alguma infração pelo comandante do navio — a casa do caralho.

A origem da palavra “caralho” é incerta, mas é provável que tenha vindo do Latim “carulu“, que significa “pequena estaca. A palavra “caralho” é um vulgarismo que se usa para designar o órgão sexual masculino. É exclusiva das línguas românicas da Península Ibérica, como o Castelhano, o Galego e o Catalão. “Caralho” já foi usada desde o século X para nomear montes com forma fálica. Também foi usada como nome próprio, mas com a Contrarreforma passou a ser considerada obscena. É usada na Poesia e Literatura modernas, principalmente como xingamento e provocação. 

O termo manteve uma incrível vitalidade nas línguas românicas ibéricas, sendo usado atualmente com dezenas de sentidos diferentes e como meio de expressar as mais diversas emoções, como estranheza, emoção, lambança ou ameaça, embora em algumas regiões tenha perdido o seu sentido original de membro viril.

Documenta-se o uso do termo desde pelo menos o Século X, surgindo regularmente nas cantigas de escárnio e maldizer da poesia trovadoresca medieval, sendo também registado nalguma documentação, além de vários usos antroponímicos e nas toponímias da Península Ibérica, em particular da Catalunha, onde se destacam os vários carall bernat.

Estamos em uma sociedade patriarcal e ela valoriza demais esse “membro” de nosso corpo físico. Para ele estar à postos, é necessário que muita coisa esteja em ordem para terminar em uma sessão de meia hora, abandonado à sua languidez. Para mim é a fase mais rica e prazerosa. Sem uma coisa, a outra se torna tão mecânica que alguns preferem se masturbar. Já que muitos homens utilizam suas companhias para isso, sem pensar nelas.

Sabe o que acho interessante? Que mesmo sendo feministas, já vi muitas mulheres usarem o dito cujo com a naturalidade de quem o transforma em símbolo de força, poder e completude. Não o tiram da boca. É, com certeza, um órgão simbólico de vibração energética, mas quando funciona e, para isso, é a cabeça que deve estar boa, senão… o veículo que jorra a semente da vida perde a função. E com o tempo, também se cansa, mas pelo menos como expressão simbólica, continuará firme e teso…