30 / 07 / 2025 / Quando Me Resgatei*

Numa quinta-feira, final de Julho de 2021*, escrevi: “#TBT recente, de Fevereiro deste ano, momento em que precisei voltar ao útero marinho para me salvar. Esta imagem, feita em Ubatuba, onde passei quatro luas, portava um colar de contas. Escrevi à respeito: ‘Os Pataxó são um povo indígena brasileiro de língua da família Maxakali, do tronco Macro-Jê. Em sua totalidade, os índios conhecidos sob o etnônimo englobante Pataxó Hãhãhãe abarcam, hoje, as etnias Baenã, Pataxó Hãhãhãe, Kamakã, Tupinambá, Kariri-Sapuyá e Gueren.

Apesar de se expressarem na língua portuguesa, alguns grupos conservam seu idioma original, a língua Patxôhã. Praticam o ‘Xamanismo‘ e o Cristianismo. Vivem no sul da Bahia e em 2010, totalizavam 13.588 pessoas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A @ingriidortega trouxe da região onde os portugueses aportaram pela primeira vez em Pindorama, esse colar de contas. A minha ascendência indígena me permite usá-lo para além de objeto decorativo, por carregar vários significados. Para mim, é como voltar para a kijeme“.

O uso do colar de contas representou para mim uma volta à minha origem. Quando garoto, nas brincadeiras em que havia simulação de lutas entre Cowboys e Guerreiros Indígenas, eu abdicava dos pedaços de madeira simulando revólveres Colts e adotava varetas simulando arcos e flexas. Quase sempre morria… mas morria com honra. Sentia que era um resgate do meu ser original…