Acima, temos a imagem do monumento de Abraham Lincoln. Foi o 16º presidente dos Estados Unidos da América, liderando o País na sua maior crise interna, a Guerra Civil Americana, preservando a integridade territorial, ainda que tenha suscitado uma certa divisão ideológica entre o Norte (União) e o Sul (Confederação). Ocasionado principalmente pela abolição da escravatura defendida pelo Sul. Desde então, os EUA se tornou o centro da atenção do resto do Mundo. Terra prometida, recebeu imigrantes de todo o planeta que os ajudaram a prosperar e criar expectativas como exemplo de desenvolvimento tecnológico, social e ideal capitalista.
Durante os séculos subsequentes após a Guerra de Secessão, o crescimento do País abarcou possibilidades jamais imaginadas antes, servindo de modelo a ser alcançado. Até que… um suposto homem de negócios infalíveis que, de fato quase chegou à falência sobrevivendo ao cometer uma série de transgressões contábeis, manteve o seu império e, vaidoso, assumiu o desejo de se tornar o homem mais poderoso do Mundo. Conseguiu se eleger uma primeira vez e após um interregno de quatro anos, voltou a se eleger, algo que só não aconteceu por um centímetro.
Hoje, o Agente Laranja, em seis meses, conseguiu transtornar todo o sistema econômico que o próprio EUA ajudou a expandir. Foi uma iniciativa esdrúxula resultante por ter dormido sobre a ideia de que fosse hegemônico. Tendo o maior mercado consumidor mundial, passou a sobretaxar os produtos que chegam aos EUA numa espécie de chantagem comercial. As últimas notícias são mais graves ainda, pois deu ordens que submarinos nucleares se posicionem perto da Rússia após um entrevero verbal com o ex-presidente russo Medeved, um sujeito tão linha dura quanto o Agente Laranja é imprevisível.
Quer dizer que um homem repugnante em quaisquer termos, incluindo o moral, está colocando o planeta em suspensão também no sentido bélico. É tudo tão assombroso que a tentativa de intervir no Brasil com a nítida intenção de auxiliar um aliado ideológico de viés ultradireitista é até leve diante da tentativa de colocar uma outra potência nuclear contra a parede. Fico pensando se Abraham Lincon poderia imaginar que um dia, no futuro, o maior mandatário do País fosse um bucaneiro que brinca de desgovernar uma nação inteira, enquanto fatura, com as suas resoluções, bilhões de dólares ao apostar contra as moedas dos países sobretaxados.


