27 / 05 / 2025 / Bizarre Love Triangle*

Dia de outono, frio e chuvoso. Quase sem querer, enquanto estava mexendo nos arquivos do Gmail, acabei parar no meu perfil do moribundo Orkut. Entre as curiosidades que lá encontro, está a apresentação que fiz do vídeo “Love Bizarre Triangle”, com a banda “Frente!“. Esta versão faz parte da minha lista de preferidos até hoje e quando o postei, em 2006, escrevi o seguinte: “Um cara dos Oitenta como eu, que curtiu a versão original dessa música com o New Order, quer demonstrar que não está engessado em formalidades e adota esta versão da banda australiana ‘Frente!‘ como a ser vista aqui. O vídeo vai bem com a gracinha Angie Hart, até que começam a aparecer os marmanjos do grupo. Percalços à parte, sobram a voz pequena e agradável do anjo, com a letra cortante desta canção de amor desencontrado” –

23 / 03 / 2025 / Outono

O Outono é a estação ideal para quem quer ver entardeceres deslumbrantes. A inclinação e o posicionamento do Sol no horizonte evidenciam formatos inusitados de grandes e pequenas nuvens banhadas de luz dourada. Aqui na Periferia da ZN, ainda de horizontes não ocupados por edifícios residenciais, são os morros que terminam por delinear a paisagem. Por enquanto…

Outono dos Serial Killers*

Outono de 2021, no outono de minha vida. Mas ainda que as minhas folhas caiam, ainda posso dizer que espero ultrapassar o Inverno e alcançar a Primavera, mais uma vez. O que não será mais possível para centenas de milhares de pessoas neste País que nega direito à vida. O pior é que haja tantos palhaços que prefiram ver o circo pegar fogo, quando não são eles mesmos a acender o fósforo. O que realmente espero, além de sobreviver é que, nada mais, nada menos, venham a perceber o mal que ajudaram a propagar e sofram o pior dos arrependimentos…

*Texto de 2021, quando a Pandemia de Covid19 fazia vítimas em série. Época fúnebre, demonstrou como os serials killers agem muitas vez à luz do dia, à vista de todos, mas sendo registrado e propagado como fatalidades.

Recordações Materiais

Em matéria de tempo, como podemos mensurá-lo — por marcações mecânicas, decerto —, mas também de outras maneiras, como por imagens. Mas apenas a imagem por si só pode não conseguir demonstrar tudo sobre o que carrega de valor expressivo. Sentenças coordenadas, indicações de tempo e lugar auxiliam para traduzir toda a complexidade de uma representação imagética — um retrato total.

CINE (2015)

Eu me recordo que ali fora mais um cinema, dos muitos que perfilavam na famosa Avenida São João. Frequentei muitos deles, ainda antes de se mudarem para os shoppings centers ou se tornarem centros de “diversão para adultos” ou estacionamentos ou de simplesmente fecharem. O que sempre me chamou a atenção neste prédio é a sua temática “saudade do futuro” dos anos 60, em que se sobressai a construção de uma espécie de antena estilizada, sem nenhuma função aparente a não ser de entreter a minha imaginação.

GUARAPIRANGA (2016)

Suei um pouco, mas consegui chegar junto à beira da Represa de Guarapiranga. Ouvir o barulho do movimento da água, ver o voo dos pássaros, confrontar os azuis na linha do horizonte, sentir o vento no rosto, enquanto o sol já quase se veste de Outono, perceber a energia natural… O meu presente de hoje…

OS MANOS…

… E AS MINAS (AVENIDA DO ESTADO — 2013)

MARÇO MORTAL (2021)

Último dia do Verão 2020/21, aquele do março mais mortal do século que se inicia. Concorrem para isso os vírus naturalmente mortais, intencionalmente fora de controle e os anormalmente imorais da vontade de matar. Triste é ver que muitos aceitem, por pulsão de morte ou interesse ideológico, matar e morrer através de um comportamento predatório. Infelizmente, as águas de março que fecham o Verão, não serão suficientes para lavar a nossa alma. 

LUZ & TREVAS (2016)

A eterna luta entre a luz e as trevas… E cada vez mais me convenço que só damos valor a uma quando em confronto com a outra… Compete a nós distinguirmos quando e quanto desejamos mais uma coisa do que a outra, principalmente quando ficamos mais atraídos pelas nuances…