O Livro

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Dois homens altos ladeavam um menor, o segurando pelo braço. Era noite e eles entraram, sem pedir permissão, pela casa adentro. Eu tinha por volta de nove ou dez anos, a luz era difusa, mas logo pude perceber que o homem ao centro era o meu pai. Quase não o reconheci, de tão magro que estava. Corri a abraçá-lo, mas ele me afastou rapidamente, sem dizer palavra, que eu me lembre. Um pouco mais, os dois homens começaram a fazer perguntas que eu não pude ouvir direito. Buscavam alguma coisa nos armários, debaixo da cama e os outros poucos móveis pelas poucas dependências.

Estávamos passando por sérios problemas financeiros, muito devido ao fato do nosso pai não estar conosco. À época, estava preso na sede do DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna), que fazia parte do aparelho de repressão do Regime Militar. O homem de porte atlético, que me ensinou a jogar bola e que sempre me vencia no gol-a-gol, parecia alquebrado. Fraca, não conseguia ouvir a voz do bom cantor amador ao responder às perguntas. O violonista que me ensinou às primeiras notas tinha as mãos trêmulas e indecisas.

Um terceiro personagem estava postado junto à porta de entrada. Todos vestiam roupas civis. A revista durou mais ou menos dez minutos ou quarenta e cinco anos. Sem se despedirem, saíram os três levando o meu pai. Minha mãe desatou a chorar, depois de manter a pose de mulher forte que era, afinal, o tempo todo. Perguntei a ela se papai não iria voltar. Ela disse que sim, logo, logo.

Visitávamos regularmente os quartéis, pois Dona Madalena tinha receio de que o meu pai se perdesse nos traslados que diziam que ele fazia, de lá para cá, de cá para lá, quando, verdadeiramente, quase sempre tenha ficado no prédio de Santa Efigênia, onde era torturado. Quando ele voltou, não voltou inteiro. Metade dele se perdeu, realmente. E a metade que ficou um dia também foi embora.

Com doze anos, me tornei o “homem” mais velho da casa, pelo menos por algum tempo. Papai voltou apenas para construir um retiro – uma cobertura no terreno ao lado, onde montou uma criação de galinhas e patos, a qual chamava de “Fazendinha”. A família, formalmente, deixou de existir. Mais algum tempo, ele se mudou para a casa de uma senhora, Vinha quase todos os dias apenas para fazer visitas recreativas, posando de granjeiro.

Certa ocasião, a minha mãe permitiu que eu visse um dos itens que os agentes procuraram com tanto afinco. Eu não sei onde fora guardado, mas o fato é que naquele momento ele se encontrava na prateleira de nossa estante de livros. Era um calhamaço enorme, mais ou menos intitulado “Dicionário Filosófico Materialista”, de origem russa e traduzido para o Português. Tive a curiosidade de ler alguns verbetes. Em um deles – Vida – dizia que era a manifestação de um ajuntamento de átomos, que formavam moléculas, que configuravam um corpo com tecidos, órgãos e sistemas, dotado de capacidade de se reproduzir e, no caso do homem, manifestar inteligência. Ou mais ou menos isso. Achei reducionista, mesmo sendo um garoto.

O meu pai fora preso por isso? Aquele objeto era perigoso? Fora por aquilo que minha família se esfacelou? Na verdade, o meu pai fazia parte de um movimento de viés comunista. Pretendia levar o povo a se revoltar contra o regime, pegar em armas e derrubar o governo para instaurar a ditadura do proletariado. Dizia sempre que quando o movimento vencesse, eu iria estudar na Rússia. Sentia pavor desse seu intuito. Eu, amante de sol e mar, teria que enfrentar o inverno russo, vencedor de exércitos. No entanto, como todos sabemos, a Revolução não aconteceu. Hoje, eu sei que, além do perigoso objeto proibido, buscavam armas, de acordo com a confissão de um dos outros companheiros torturados.

Desenvolvi uma simpatia sempre à esquerda no espectro político, porém, ao mesmo tempo, percebi que a verdadeira revolução é interna, pessoal e intransferível. Ao mesmo tempo, comecei a ter ojeriza a qualquer ditadura que nos reduza as perspectivas, controle o nosso saber, categorize nosso pensamento. O Totalitarismo opressor, em nome de quem quer que seja, me parece insano e vazio. Alguns diriam que os radicais de direita talvez tenham conseguido o que pretendiam, ao convencer que o filho de um revolucionário não pense como o pai. Eu diria que ser independente em questão de opinião é a batalha mais difícil que se desenvolve durante toda a vida, tendo soldados tão atentos, de lado a lado, a tentar fazer prevalecer o radicalismo como visão política. Nesse caso, sei que posso me tornar um alvo visado por qualquer deles. Como sei que o homem, além de fazer Deus à sua semelhança, muitas vezes fala em nome Dele, como se fosse o Próprio.

Projeto ®existir | Obdulio Nunes Ortega | Scenarium Plural Livros Artesanais

Resistir

PENSAR COMO UM LADRÃO

Certa vez, ouvi do Alemão, com o qual instalava um equipamento, a frase: “Ladrão! Ladrão!”. Perguntei: “Por que ladrão”. “Porque se não é ladrão, é roubado!”. Entendi, com seu jeito simples e direto de falar, que se referia à presteza com que deveria ser realizada uma tarefa.

A partir dessa premissa, conjecturei que agir fora das regras e leis vigentes nos garantiria vantagem sobre o próximo, que é, em suma, adversário na luta pela sobrevivência. No mínimo, assumimos mentalmente um comportamento similar. Por exemplo, ao estacionarmos o carro, tomamos todas as precauções possíveis para que o nosso bem móvel não seja removido para longe de nossos olhos e mãos – somos obrigados a pensar como um ladrão. Constato, mas não valido. De espírito, sou franciscano. Isto não impede que ainda que tenha a melhor das intenções, eu e muitos outros terminamos por trabalhar para que o Sistema se perpetue.

Agimos feito criminosos amadores. Corruptores, distribuímos agrados para sermos privilegiados em várias ocasiões. Pagamos planos de saúde – um extra para garantir melhor atendimento quando nossas vidas e a dos nossos familiares estão ameaçadas por acidentes ou doenças. Como também somos impelidos a pagar seguros de vida, a fim de dar segurança financeira aos nossos beneficiários, caso um dos acasos pelos quais passamos todos os dias nos levem a óbito – passamos a valer mais mortos do que vivos.

Reunidos em torno de uma sociedade que exalta como valor maior sobrepujar metas de produtividade e acumular bens em contraponto à expansão da consciência pessoal e social, a tendência é que desenvolvamos a visão que associe progresso material à profissão de fé. Religiosamente, todas as manhãs, levantamos e nos dirigimos em séquitos às igrejas patrimoniais. Nada que finais de semana – sextou! – regados à entorpecentes, futebol, festas ou orações não nos aliviem para que, às segundas-feiras, retornemos aos expedientes, semivivos, mas funcionais.

Para defender o status quo, vemos ações cada vez mais violentas dos combatentes aos elementos à margem, enquanto estes investem cada vez mais ferozmente contra os agentes da Matrix econômica: trabalhadores, inclusive. De muitas maneiras, enredados por uma doutrina que produz desarmonia humana e desequilíbrio social, fabricamos deserdados que, a ferro e fogo, não dão valor a vida de outrem. Alijados desde cedo de melhores perspectivas, se utilizam da moralidade de um ponto de vista básico – eles contra os botas – escudos a soldo, que matam em nosso nome. Há quem veja sinais de rebeldia contrarrevolucionária nas ações dos marginalizados, quando ao final de tudo, ficamos em meio ao fogo cruzado – os bem e os mal-intencionados.

Em álbuns antigos, ao rever imagens de minhas filhas pequenas, além da saudade, fiz um exercício sob o olhar do “politicamente correto”. Reavaliei cenas e situações naturais, mas que sob esse novo critério, poderiam ser consideradas duvidosas, como a em que estou a me divertir com as três meninas na grande banheira no, até então, único banheiro da casa. Era comum que todos nós nos víssemos nus, sem o puritanismo retrógrado em que a liberdade e a aceitação de nossas diferenças fossem vistas negativamente.

Sempre julguei que dar a elas a oportunidade de ver o corpo de um homem (no caso, o meu), seria bem mais educativo do que aplacar a curiosidade através de informações normalmente eivadas de preconceitos e ignorância. Minha esposa, sempre presente, agia da mesma forma. Profissional da saúde, nunca deixou de informá-las sobre as questões mais espinhosas com relação ao corpo feminino – o objeto primordial de culto e culpa da sociedade patriarcal. Se bem que formemos uma família tradicional, nunca apresentamos restrições àquelas formadas de maneiras diversas, como as homoafetivas, por exemplo. Aliás, ainda que todos nós apresentemos a heterossexualidade como orientação atual, vemos os outros de perfis diversos, acima de tudo, como pessoas.

De alguma maneira, vivemos um processo de “reeducação” através do olhar doente daqueles que sentem prazer obsceno à vista de imagens inicialmente cândidas, mas que se revertem em fetiche predatório. Ao mesmo tempo, há pessoas que não conseguem construir uma personalidade autônoma dos mandamentos postulados por falsos moralistas, atacando tudo que pareça diferente da normatividade propalada como ideal, enquanto vivemos uma guerra fratricida, estimulada pela atual estrutura social carcomida.

Vertente da criatividade humana que deveria avançar-provocar reflexões para além da mesmice, igualmente quaisquer manifestações artísticas são julgadas e condenadas com base na visão do cidadão médio. Ousadia, aquela apenas aparente, em canções populares de conotações duvidosas – voos rasos de moscas em torno do estrume.

O que vimos acontecer ultimamente foi um fenômeno revelador – a chamada maioria silenciosa, que de início reagia como manada-bando – repentinamente passou a agir como matilha-hoste armada de intolerância, racismo, xenofobia, homofobia, com pendores ditatoriais. Quem acredita, como eu, que o ser humano existe com um propósito maior do que servir a esquemas predeterminados e ao imediatismo funcional, deve, como coparticipante do concerto social, fazer ouvir nossas vozes de resistência ao retrocesso e ao processo de alienação. Dignamente, por nós e por todos, apesar deles, apesar de tudo, lutemos!


Obdulio Nuñes Ortega… nasceu a fórceps no começo de outubro de 1961, no centro de São Paulo. Ainda criança, começou a se mover para a Periferia, primeiro à Leste, depois ao Norte. Desde cedo, quis ser escritor.  Renasceu aos 17 anos, vegetariano e a crer. Aos 27, renasceu casado e pai. Escolheu trabalhar como peão e dono de seu próprio negócio. Budista, demorou a lucrar. Franciscano, aceitou com resignação ganhar o pão com o suor de seu rosto.
O escritor adormeceu e, sem ter como se expressar, aquele Obdulio morreu no final de outubro de 2007, diabético, por excesso de amargor. O atual renasceu a carregar a memória do antigo homem que escrevia, a enxergar o mundo com novos olhos… ainda que a herdar a miopia do outro. E chega até este quadrante a sentir redivivo… a cometer os erros dos novos, a renovar os seus ímpetos, a amar como um adolescente, a ser escritor, como sempre quis.


In: https://scenariumplural.wordpress.com/category/blogue/

Lívia

Lìvia I
Lívia

Um Dia antes do dia mais importante dos últimos anos na vida brasileira, hoje é um dos dias mais importantes para mim. Há 23 anos, nascia Liv – nome que pretendia dar à minha caçula. A Tânia quis aportuguesar a grafia e, assim, estreou Lívia em nossas vidas. Romy e Ingrid a receberam com todo o amor e, desde então, entre brigas, choros e reconciliações, as três meninas construíram um relacionamento amorosamente rico, em que as rusgas apenas amplificam os momentos de carinho e solidariedade.

Em 1995 – ano de seu nascimento – o Brasil descobria o poder da Internet. Amanhã, será o dia que será coroado o poder indiscutível das redes sociais na vida das pessoas. Um candidato – absolutamente medíocre – que em qualquer Democracia mais madura dificilmente seria eleito vereador – poderá chegar ao cargo máximo do governo brasileiro nestas eleições de 2018.

No início de 1995, Fernando Henrique Cardoso tomava posse em seu primeiro mandato. Por mais que tenhamos passado por alguns escândalos ao longo de seu governo, como SIVAM e Pasta Rosa, o presidente eleito conseguiu domar a inflação, terminou o primeiro quadriênio do Real de maneira exitosa, dando esperança que finalmente decolássemos rumo ao destino manifesto de “País do Futuro”…

Atualmente, vivemos o processo circular-repetitivo de esquecermos nossos esforços em busca de uma nação igualitária, para apostarmos em projetos obsoletos ou irresponsáveis. Peço desculpa pelo discurso político em voto de felicidade para a minha filha em seu aniversário, mas sei que ela sabe que não podemos desvincular nossa vida pessoal da coletiva-social. O meu perfil de escritor e cidadão não permitiria que deixasse de colocar meu posicionamento.

O amor que sinto pela Lívia, Romy e Ingrid me força a optar no sentido de um passo lateral, apenas para não cairmos no abismo e no obscurantismo que um dos presidenciáveis representa. Se a maioria dos eleitores escolherem essa vertente, espero que possamos ultrapassar mais essa cena, plena de dúvidas e algumas certezas. Uma delas – a supremacia da visão mitológica, mais uma vez – no País que aceita como verdade a mentira bem contada. Sei que a Lívia gostará de ver vinculado o meu desejo de um futuro que respeita a expressão do homem e todas as suas vozes ao seu aniversário. Que não lhe faltem sonhos, saúde, coragem e afetos verdadeiros. Por isso, acrescento: #EleNão

O P. Da Questão

Sobre a divulgação de um vídeo em que supostamente aparece um candidato ao governo do Estado de São Paulo, tenho algo a dizer. Eu o recebi, como muitos de nós, repassado como rastilho de pólvora. Nada diferente do fenômeno que caracterizou as atuais eleições e que fez sua estréia em 2014, de maneira não tão ampla, mas decisiva. Conseguir eleger-se como base em “fake news” pode até ser fácil. Porém, após chegar ao poder, quem as utilizou de forma mais esperta conseguirá governar com “fake news”? Já vimos que não.
Quanto ao vídeo, especificamente, o que vi foi um homem, descontraído, cercado por trabalhadoras em seu ofício, em evento particular, filmado por um outro participante. Se a filmagem foi feita de modo consensual ou clandestina, a sua difusão passa pela intenção de quem o faz: – Quer desacreditar a personagem principal do vídeo (no caso)? Ou às moças? O posicionamento hipócrita quanto à instituição familiar? O p. do político? Quem quer atirar a primeira pedra? E se vier a atirar, ganha o que com isso?
Os arranjos de relacionamentos pessoais e familiares são tantos e tão diversos do que se coloca como tradicional ou “correto”, que quem diz não ter conhecimento ou é ingênuo ou se faz de inocente. Ou, para não parecer tão crédulo quanto à hipocrisia reinante, o meio em que vive é absolutamente separado da vida real, como se fora participante de uma tribo isolada no meio da Amazônia.
As configurações e as questões internas do núcleo familiar – o casal – , sendo de cunho eminentemente privativas, só interessam aos envolvidos. Mas somos um povo fofoqueiro, que as redes sociais apenas possibilitou amplificarem os efeitos de modo exponencial. Antes, mesas de bar, salas das casas ou praças eram os locais nos quais se propagavam a fofoquinha aparentemente inocente. Hoje, mesmo uma pessoa solitária, participa da comunidade.
Finalmente, o p. da questão, poderá a vir ser tão importante que o fará perder a eleição? Ou receberá a solidariedade daqueles que viveram ou gostariam de viver a condição em que ele se apresenta? Deixaremos de discutir o discurso político ou a postura ideológica do próprio político para discutir o p. do político? A circunstância em que se apresenta deixará escancarada a sua vulnerabilidade ou sua impostura? Em resposta, o político, ao lado da esposa, refutou o vídeo como falso ou montagem. Quem realmente sabe se isso é verdade são os participantes ou a própria esposa, conhecedora do p. da questão.
Se ele, candidato líder nas pesquisas, tiver revertida essa tendência, será pelo motivo errado. Posso contestar suas propostas ou seu posicionamento a favor de um dos candidatos a presidência, não porque supostamente goste de interagir com algumas eleitoras de forma íntima.
Abaixo, vídeo de Mal Necessário, composição de Mauro Kwitko e interpretação do grande, grandioso e grandiloquente Ney Matogrosso.

Maratona De Outubro | Maníaco

Maníaco - 1
Devorador de palavras…

Esquisitice, obsessão, vício, hábito – mania… Escrever ou ler livros tem se tornado um hábito totalmente fora de órbita nos últimos tempos. Portanto, minha preferência por livros é uma mania hiperbólica. Mensagens curtas, neologismos, onomatopeias, emojis, gifs, hashtags, filminhos, desenhos substituem discursos mais longos, estruturados com começo, meio e fim, não necessariamente nessa ordem. Nada contra desestruturações verbais que tenham o propósito de imprimir peculiaridades da comunicação. No entanto, para brincar com as palavras, a ponto de remontá-las como meio de expressão, há de se respeitá-las porque suas origens têm raízes no princípio do entendimento humano pela fala. Eventualmente, preferir a tradição do formato-livro, com capa, linhas e páginas sequenciais possam ser chamadas de decadentes, facilmente substituíveis por e-books, aos quais, eu rejeito, por enquanto.

Tento identificar qual seria minha mania literária e percebo que já tive algumas, mas hoje, não mais. Se bem que, quando me interesso por algum assunto, começo a procurar referências daquele determinado tema até que o esvazie. Desfio livros como se rezasse um terço. Coisa de minha tendência maníaca obsessiva. No entanto, assim como surge, ela se vai, até o próximo surto. Evidentemente, não é possível conhecer todas as variantes dos gêneros pelos quais nos apaixonamos. É comum, como nos dias atuais, tentarmos entender o momento pelo qual passamos. A literatura política deveria assumir os primeiros postos dos mais procurados. Mas estamos obcecados pelas mensagens curtas e grossas das fake news – nova mania – ainda que admitidas como ficção, tecnicamente bem contadas, se transformam em verdade literal porque reproduzem a essência de quem as acessam.

Aceita-se a versão pronta sem tentar desvendar se, por trás da “notícia” jogada nas redes, existe ou não manipulação dos fatos. De alguma maneira, isso sempre ocorreu, mas a tecnologia aprimorou sua efetividade e a tornou uma expressão tão invasiva quanto eficiente para representar nosso mundo de maneira inversa. Podemos desvendá-lo, se conseguirmos, através do jogo de espelhos que se apresenta, buscarmos as fontes primordiais. Ser escritor-leitor é um vício. Conseguir criar algo crível qualitativamente e saber ler nas entrelinhas, uma obsessão. Conseguir ultrapassar minhas limitações e condicionamentos para alcançar sucesso nesse mister, o meu maior objetivo. Buscar a verdade, esquisitice minha…

Participam também desta Maratona:

Ana Claudia | Ale Helga | Cilene Mansini | Fernanda Akemi | Mari de Castro | Mariana Gouveia | Lunna Guedes