Às portas de completar 62 anos, posto esta minha interpretação sobre viver, realizada no dia 9 de Outubro de 2016*, data do meu aniversário. Talvez, faça outras. São como exegeses da história de um sujeito contraditório em busca de uma identidade coesa.
O que e viver, exatamente?
Estar a consumir o ar? Apenas deglutir, digerir comida e excretar substratos? Mover-se de um lado para o outro, em busca de visões que lhe comovam? Escutar sons que lhe movam, tocar peles que lhe aqueçam, beijar sabores em bocas outras, cheirar perfumes vários?
O que é viver, por certo?
Amanhecer nascido, entardecer adulto, anoitecer velho, descer ao túmulo no final do dia? Trabalhar para morrer cansado? Chorar, sorrir, tossir, engolir e vomitar, beber e maldizer a sorte de ser sem ter, de ter sem aproveitar? Gerar e criar filhos, enterrar os pais?
O que é viver, afinal?
Para mim, viver é poder fazer perguntas fundamentais… E ser respondido com melhores e mais profundos questionamentos… E obter como saldo uma única certeza — todos nós fomos criados para amar! Esse é um testemunho de alguém que sempre duvidou do amor, porque não se permitia amar. Sofri e fiz sofrer por não me aceitar como sou — um homem que ama… De todas as questões que me coloquei, chego ao resultado de que quero ser cinco vezes cinco mais cinco vezes cinco mais cinco um amante e amoroso ser…