19 / 06 / 2025 / Indie*

Domingo primaveril… frio e nublado. Do meu lado, no sofá, elas descansam. Uma, Maria Bethânia, um ser estranho — um longo pescoço com rabo — mais velhinha na casa e na idade, deixa de provocar por um tempo a recém-chegada Pomarolla Indie Quitéria Mary Kay — nomes estampados nas caixas de produtos que fazem as vezes de caminhas provisórias. Indie e Quitéria são opções surgidas para dar identidade a uma cachorrinha resgatada na rua pela Lívia.

Peladinha, enrugada, com feridinhas causadas pela coceiras constantes, Indie apresenta um quadro de desnutrição. Nós a estamos tratando para que se recupere e possa ser adotada por alguém. Da maneira que está, parece mais um “filhote de cruz-credo” — um termo antigo que significa algo feio, eu acho… Mas, a seu modo, ela é bonitinha, talvez por parecer tão desamparada.

O que me impressiona é que, mesmo estando há apenas uma semana em casa, ela já passeia pelos cômodos com a confiança de quem sabe que é aceita. Brincalhona, como qualquer criança, Bethânia encontrou um par para as suas estripulias. Devido à lotação praticamente esgotada aqui em casa, essa fêmea abandonada terá que ir para outro lar que a receba com carinho que merece. Por enquanto, que esteja confortável enquanto estiver conosco e que fique logo saudável para alegrar a quem cativar com o seu olhar de anjo.

E, mais uma vez, aconteceu. A Indie Quitéria Janjão, oficialmente apenas de passagem por nossa casa, buscou e conseguiu a proteção amorosa da velha Penélope. De espírito aberto e carinhoso, mesmo que de início venha a estranhar a nova companhia, logo se rende à aproximação dos novos amigos. A Penélope tem o coração maior que o mundo!

*Texto de 2018

BEDA / Pomarolla Indie Quitéria Mary Kay*

Domingo primaveril… frio e nublado. Do meu lado, no sofá, elas descansam. Uma, Maria Bethânia, um ser estranho um longo pescoço com rabo mais velhinha na casa e na idade, deixa de provocar por um tempo a recém chegada Pomarolla Indie Quitéria Mary Kay nomes estampados nas caixas de produtos que fazem as vezes de caminhas provisórias. Indie e Quitéria são opções surgidas para dar identidade a uma cachorrinha resgatada na rua pela Lívia.

Peladinha, enrugada, com feridinhas causadas pela coceiras constantes, Pomarolla apresenta um quadro de desnutrição. Nós a estamos tratando para que se recupere e possa ser adotada por alguém. Da maneira que está, parece mais um “filhote de cruz-credo” um termo antigo que significa algo feio, eu acho… Mas, a seu modo, ela é bonitinha, talvez por parecer tão desamparada.

O que me impressiona é que, mesmo estando há apenas uma semana em casa, ela já passeia pelos cômodos com a confiança de quem sabe que é aceita. Brincalhona, como qualquer criança, Bethânia encontrou um par para as suas estripulias. Devido à lotação praticamente esgotada aqui em casa, essa fêmea abandonada terá que ir para outro lar que a receba com carinho que merece. Por enquanto, que esteja confortável enquanto estiver conosco e que fique logo saudável para alegrar a quem cativar com o seu olhar de anjo.

*Texto de Setembro de 2016

Adriana Aneli Alê Helga – Claudia Leonardi Darlene Regina
Mariana Gouveia – Lunna Guedes / Roseli Pedroso

BEDA|Cápsula do Tempo

Cápsula do tempo
Bichinho de pano…

O Bigode está a realizar pequenas obras em casa. Uma delas é construir uma pequena parede embaixo da escada que leva à varanda, para fechar o ângulo inútil. Tânia teve a ideia de encerrar dentro da caixa de cimento algo que pudesse eventualmente ser resgatado muitos anos à frente. Um objeto reconhecível dentro de uma cápsula do tempo.

Na falta de melhor ideia, decidi colocar um brinquedinho da Betânia, aparentemente esquecido no quintal – um bichinho de pano – que ela furtou de cima da cômoda do nosso quarto. Foi o que fiz.

Porém, eu fiz e ela desfez. Horas depois, o vi jogado quase no mesmo ponto onde o havia encontrado antes. Perguntei para o Bigode o que havia acontecido, já imaginando a resposta. De fato, ela furtou novamente o paninho em forma de bicho, desta vez do sepulcro temporal. Deve ter brincado um tempo e o abandonou.

Naquele momento, mesmo que de forma passageira, o bichinho de pano foi mais importante em sua boca, sendo jogado para o alto e adiante e depois resgatado do que encarcerado entre paredes escuras. A sábia cachorrinha me deu uma lição prática de um objetivo que apregoo há algum tempo e me esforço para exercer cotidianamente – o de viver plenamente o presente.

Participam:  Claudia — Fernanda — Hanna Lunna — Mari