We shall not cease from exploration
And the end of all our exploring
Will be to arrive where we started
And know the place for the first time.

T.S. Eliot

…quando criança, tinha uma predileção: observar alvos, pendurados na parede do canto ‘secreto’ de meu pai… devidamente divididos em duas cores: preta-branca-circulares-alternadas. Na gaveta da mesa de madeira—um móvel de Bruno Paul—ficavam os dardos… que, encaixados entre os dedos, poderiam ser arremessados no ar, para ir de encontro ao alvo.
Meu pai—caprichoso que era—fazia apenas um arremesso por dia… sempre da cadeira, onde se sentava o homem e sua composição humana ‘burlesca’. Olhar sempre reto. Boca italiana… e um sorriso arisco, que certamente eu herdei. Não era um homem de muitas falas. Sempre breve… reticente. Convicto das próprias sonoridades.
Descobri—ao observá-lo—que, ao contrário do que dizem por aí, ‘acertar em cheio’ não se trata de um exercício de precisão…