
Eu havia decidido a deixar a beira do abismo…
Olhei para baixo e avaliei a sua profundidade
Busquei o significado daquele paroxismo
Investiguei os tempos, desde a mais funda idade…
Percebi que era eu o próprio despenhadeiro
Enfim, olhei para dentro de mim mesmo
Percorri o caminho, como se fora um forasteiro
Que chegou a um lugar estranho e procura a esmo…
O que encontrei, bastou para me apavorar
Vi um homem que estava amando, afinal
Com a sensação de tudo a se desmesurar…
Presenciei o choque da vida com o que é fatal
Absorvi desmedido amor no processo dessa entropia
Desci da minha dolorosa cruz, ainda crivado de pregos
Esse amor guardado, o cuspi em uma imensa massa de energia
E, finalmente, mergulhei em nós – verdadeiros buracos negros…
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Com licença, poeta