O que é artificializado
por vezes nos parece tão natural
que a tomamos como integral.
O que é falseado,
por vezes nos parece tão pessoal,
que a temos como real.
O que é amado,
por vezes nos parece tão especial,
que a tornamos tradicional.
O que é estigmatizado,
por vezes nos parece tão normal,
que a estabelecemos como um ritual.
O que é limitado,
por vezes nos parece tão fundamental
que nos contentamos com o parcial.
O que é acidental,
por vezes nos parece tão intencional,
que sentimos como se fosse o ideal.
O que é confusional e danoso
são traços comuns que nos conduz
e, por vezes, adotamos o pantanoso
como se fosse um caminho de luz…
*Poema de 2017… mas que se adequa perfeitamente ao atual e confusional momento.