— Então, cachorrada, precisamos nos organizar e exigir certas regalias!
— Quem é você para liderar a turma, Bethânia? Eu sou a mais velha aqui!
— Eu sou a queridinha do papai e da mamãe, Domitila! Você sabe disso!
— Eu não gosto de você! Você implica comigo!
— Ah! Desculpa, Dominic… Tenho ciúme! Perco o controle!
— Tudo bem! Qual o seu plano? Como é que voltaremos a dormir na sala?
— Vocês, na sala! E eu, no quarto! É simples! Vamos recusar carinho!
— Eu gosto tanto de dar e receber carinho!
— Ah, Arya! Você é tão carente!
— Mas eu gosto…
— Todas nós temos que estar de acordo, Arya!
— Tá bom! Vou me esforçar…
— Ainda bem que ele não entende o que estamos falando… Tá lá, tirando foto… Ele nos ama…
— Nossa! Ele é tão fofo!
— E cuida de nós! Prepara e dá ração com misturinha…
— E faz um carinho tão gostoso! Olha! Ele vai descer…
— E aí, meninas? Está tudo bem com vocês? Vamos descer?
— Au! Au! Au! Sim! Sim! Sim!
— Au! Au! Quero carinho na cabeça, como só você sabe fazer!
— Au! Au! Passa a mão no meu pelo?
— Au! Au! Eu quero comidinha, de novo!
— Au! Au! Sai de perto dele, Dominic!
“ele é tão fofo” é ótimo! Escrever em causa própria não vale… rs
Mariana, não sou tão fofo, é claro! Rs… Mas esses seres especiais assim nós veem, sem defeitos.
Humano sendo humano… para a sua sorte, cães estão muito além de nós e não se ocupam de tolices como pecado, culpa, defeitos. Eles se orientam pelo cheiro. Gostam ou não. Pronto. Não fingem, tampouco disfarçam e ainda se adaptam a nós, compreendendo nossas ações. rá
Pior (ou melhor) de tudo – sabem os nossos maiores segredos – aqueles que queremos esconder de todos -, e ainda nos querem por perto.