
“Perguntaram sobre o meu posicionamento político. Disse que era um homem que ama as mulheres e que sabe distinguir entre o salmão e o rosa. Que proclama liberdade para as borboletas e é a favor do porte de amor. Que se decepcionou com alguns movimentos humanos, por isso prefere o movimento do mar, das folhas e do ar — vento no rosto. Que gosta de trabalhar e que busca não ofender ninguém, ainda que não goste de muitos. Que não é isento e nem se ausenta quando necessário. Que erra e acerta. Que acredita na Democracia e na diversidade. Que vive o presente, buscando a eternidade do momento. Que sabe que morrerá, mas deseja, ainda assim, deixar um mundo melhor para quem vier. Por isso, o meu voto será sempre a favor da vida e da flor, da Lua, da chuva, do Sol e do sal do suor quando faço amor.”
*Essa declaração a fiz em 2018, a poucos dias de completar 57 anos. Em Outubro daquele ano se dariam as eleições de 1º e 2º turnos que acabariam por eleger o atual mandatário do Executivo Federal. Recebi reprimendas de uma senhora com a qual mantinha um relacionamento cordial até então. Depois, mais nada. Mesmo que não houvesse citado nominalmente a ninguém como destinatário de meu voto, o que expressei bastou para eliminar a quem ela apoiava — aquele que ia contra contra tudo o que descrevi. Estávamos apenas no começo do pesadelo que viria a nos assombrar pelos anos que se seguiriam…