Há inclinações das quais certas pessoas não conseguem escapar. Elas simplesmente não conseguem deixar de ser… elas mesmas. O perigoso baixinho que comanda a Rússia, talvez com a mania de grandeza de Napoleão, quer reviver tempos de Stalin. Não é a toa que criticou Lênin, mas não ao outro que promoveu ações que mataram pelo menos vinte milhões de pessoas, a começar pelos antigos colaboradores mais próximos. São famosos os registros que mostram o desaparecimento da foto inicial de seu governo de companheiros apagados um a um, ano a ano por intervenção mecânica.
Uma dessas medidas foi o expurgo étnico de tártaros na Crimeia. A mesma Crimeia anexada à força em 2014, no aniversário de 70 anos da intervenção criminosa de Stalin. É tudo tão óbvio que me perturba o posicionamento de alguns brasileiros que absolvem o ex-agente da KGB, adotando o discurso do invasor, sob o pretexto acalentado secreta ou abertamente de um arraigado antiamericanismo. Muitos, talvez saudosos de uma URSS que desejam rediviva, assim como Putin.
“A Deportação dos tártaros da Crimeia foi um processo de limpeza étnica de mais de 191 mil Tártaros que aconteceu entre 18 e 20 de maio de 1944. Foi executado por Lavrentiy Beria, chefe da segurança nacional e polícia secreta soviética, seguindo ordens de Joseph Stalin. Entre os tártaros, é conhecida como Sürgünlik (‘exílio’).
Sob o pretexto da suposta colaboração dos tártaros com os nazistas durante a ocupação nazista da Crimeia entre 1941 a 1944 (embora o percentual de colaboradores dos tártaros não sejam visivelmente diferentes de outros grupos étnicos) o governo soviético decidiu pela expulsão total do povo tártaro da Crimeia.” – Wikipédia
Ao final do vídeo legendado de “1944”, defendido por uma famosa cantora ucraniana – Jamala – que acabou por vencer o Festival de Música Eurovision de 2016, há mais informações sobre o lastimável episódio.
*Texto de 26 de Março de 2022
Participam do BEDA:
Lunna Guedes / Alê Helga / Mariana Gouveia /
Cláudia Leonardi
Desenhado e verdadeiro, querido.