21 / 06 / 2025 / Mudanças Climáticas*

Em 2015, escrevi: “Dia de sol inclinado e temperatura fria. O inverno chegou! Mexericas ainda não colhidas, revelam as bicadas dos pássaros e as picadas dos insetos ou, ainda, apodrecem no pé. Podemos até desenvolver um sentido de desperdício quando nós, os humanos, não aproveitamos o máximo das potencialidades que a vida nos oferece, mas outros seres, dos alados aos rastejantes, talvez discordem disso…”.

Outra imagem semelhante registrei nas primeiras horas do Inverno primaveril de 20 de Junho de 2024* e escrevi: “As árvores, confusas com o calor tépido, florescem fora do tempo devido. É como não descansassem e os outros sinais de veranico fora de época nos mostrasse que o processo de mudanças climáticas se acentuarão dia a dia. Quando vim para esta região da Zona Norte, no final dos Anos 60, os morros do entorno amanhecia neste período com a vegetação coberta de geada, transformando o amanhecer em um espetáculo de múltiplas cores produzidas pelo reflexo solar. Hoje, o mesmo local está recoberto de moradias”.

Li que esta geração será a última a ter visto vaga-lumes a voarem por entre as plantas. Os machos da espécie sofrem a concorrência das luzes artificiais e não conseguem mais fecundar as fêmeas. Assim como as abelhas que também sofrem com as anomalias produzidas pelos homens, estamos nos condenando gradativamente à extinção. Pior para nós, melhor para todas as outras milhões de espécies animais do terceiro planeta desde o Sol — desde insetos até as maiores — terrestres e marinhas.

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