
Fui convidado por Lunna Guedes a participar do desafio B.E.D.A. (Blog Every Day April/August). Então, a partir de hoje até o último dia de Agosto, postarei um texto por dia no “Serial Ser – ¡Com licença, poética!”. Este é o primeiro.
Ao pesquisar sobre a origem do nome, topei com São Beda – uma pessoa. Segundo o Wikipédia, Beda (em inglês antigo: Bǣda ou Bēda; em latim: Beda; c. 673—26 de maio de 735), conhecido também como Venerável Beda (em latim: Bēda Venerābilis), foi um monge inglês que viveu nos mosteiros de São Pedro, em Monkwearmouth, e São Paulo, na moderna Jarrow, no nordeste da Inglaterra, uma região que, na época, fazia parte do Reino da Nortúmbria. Ele é conhecido principalmente por sua obra-prima, a História Eclesiástica do Povo Inglês, um trabalho que lhe rendeu o título de “Pai da História Inglesa“.
Em 1899, Beda foi proclamado Doutor da Igreja pelo papa Leão XIII, um dos mais importantes títulos teológicos da Igreja Católica, e é até hoje o único nativo da Grã-Bretanha a alcançar tal posição (Agostinho de Cantuária, também um doutor, era nativo da Itália). Além disso, Beda era um habilidoso linguista e tradutor e suas obras ajudaram a tornar acessíveis para os anglo-saxões, os textos dos primeiros Padres da Igreja, escritos em latim ou em grego, contribuindo assim para o desenvolvimento do Cristianismo inglês. O mosteiro de Beda dispunha de uma grande biblioteca que incluía, entre outras, obras de Eusébio e Orósio.
Afora o nome diferente, tornar-se santo por proclamar a palavra escrita como meio e ofício de expressão é um caminho tão tortuoso quanto usar a palavra para existir – ser para escrever / escrever para ser – dor e prazer: escrevo, logo existo.
Ambas as épocas apresentam dificuldades específicas para a escrita. Beda deve ter enfrentado a precariedade de acesso a um material caro como o papel, a produzir textos para um público restrito, já que o conhecimento era interditado à maioria da população, reservada que estava ao clero e aos nobres. A circulação de saberes estava misturada a superstições, preconceitos e bases falsas. Hoje, o papel não é tão caro…
Enfim, sob o patrocínio de São Beda, inicio o meu périplo em torno de Agosto, mês com sol em Leão. Que os ventos me sejam favoráveis. Que eu chegue a um (pelo menos, um) bom termo. Oremos…
ah, vai ser ótimo acompanhar!!!
Eu fiquei aqui a imaginar como essa vossa pesquisa esbarrou nesse ‘santo’. Minhas pesquisas nunca levam para essa direção. Aliás, quando pesquisei sobre o BEDA, fui direto para a página do blogday. rs
bacio
Como você deve saber, eu gosto de santos e, aparentemente, eles gostam de mim, Lunna… Deve ter sido isso…
Que máximo esse post!! Eu não sabia que tinha um Santo Beda e nem imaginava, por isso gostei muito de saber.
É um nome um tanto diferente mesmo.
Vou acompanhar!
Bacio,
Fernanda
Fernanda, até a Lunna, ser-humano-curioso-informado-ao-extremo, não sabia de São Beda. Aconteceu de ter existido. Espero que aprecie os meus textos. Abração!