Carpe Diem

Carpe diem

Carpe diem é uma frase em latim de um poema de Horácio e é popularmente traduzida para colha o dia ou aproveite o momento. É também utilizado como uma expressão para solicitar que se evite gastar o tempo com coisas inúteis ou como uma justificativa para o prazer imediato, sem medo do futuro.

Vindo da decadência do Império Romano, o termo Carpe diem era dito para retratar o “cada um por si”, devido ao Império estar se desfazendo. Naquele momento, a visão de que cada dia poderia ser realmente o último era retratado pela frase que hoje é utilizada como uma coisa boa, porém sua origem vem do desespero da destruição de um grande império antigo. (Fonte: Wikipédia).

Estou para ver o momento que este país caminhará para o modo Carpe diem de viver. O mais triste é que o Brasil apenas passeou pela possibilidade de ser um grande participante, no concerto mundial, como o “País do Futuro”. Deitado eternamente em berço esplêndido, achou por bem destruir seu ninho em nome de um projeto que o levará à sua exterminação.

A explicação poética em relação à bandeira nacional quanto à suas cores – o amarelo do ouro, o verde das matas, o branco da paz e o azul do céu e rios – acaba por se tornar falsa. Não há paz, porém uma guerra civil não declarada em nossa sociedade. Nossas riquezas são roubadas. Nossos rios, mortos sistematicamente, um a um, enquanto nosso céu se tinge de cinza escuro da fumaça produzida pela queima de nossas árvores, encobre a visão das estrelas. Na frase original incompleta na faixa – “Ordem E Progresso” – faltou o “Amor”.

Então, como disse Horácio no século anterior ao nascimento de Cristo – “…carpe diem, quam minimum credula postero”. Ou: “…colha o dia de hoje e confie o mínimo possível no amanhã”.

4 thoughts on “Carpe Diem

  1. Eu sempre me pego analisando o “Carpe Diem”, quando as pessoas tatuam na pele ou escrevem em vários lugares, como uma ode à felicidade, ao dia de hoje, sem regras e sem consciência pesada. Mas na verdade, como dito por você, a realidade é a do desespero. É muito interessante conhecer a história por trás do termo, mas a história, em sua maioria, se perde em meio aos anseios do presente. Um erro, acredito eu, até porque sem a história teríamos um futuro incerto, repetindo os mesmos erros ou algo pior. E é o que estamos vivendo, o tempo da intolerância, da separação de ideias e do egocentrismo. As pessoas estão cada vez vivendo mais em uma ilha e se distanciando das outras por pura intolerância. Estamos vivendo em meio ao caos, e o “Carpe Diem” de hoje, é realmente ao de desespero.

    1. E.S., o que expôs é como me sinto. Quanto à História se repetir, há tantas evidências que isso ocorra, muitas vezes como farsa, intencionalmente, que talvez não tenhamos como evitar. Quase como se fosse um erro de programação de “software” humano e vivamos de “bug” em “bug”.

  2. Com tantas coisas a fazer por aqui e ocupar-me, adoto a mania do brasileiro, de não me importar. Dou de ombros e faço a minha parte. Para mim é bastante comum não pensar o futuro além de onde o alcanço e meu olhar não consegue pensar além das fronteiras que me imponho. Deve ser o modo “sobreviver” ativado desde que escolhi Sampa como palco da minha peça não escrita, sempre fingida, com estréia jamais marcada. rs

    bacio

  3. Sampa, até no clima, reflete esse rearranjo constante de planos. Tanto quanto em meu trabalho, peco por excesso (de zelo) e espero o inesperado, um dia de cada vez.

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