
“Papai, brinca comigo? Tenta pegar a bola de mim!”…
Penso: Ah, querida… E as suas dores?
Sei que você vai pular,
vai correr,
vai tentar impedir que eu pegue a bola de volta.
Será que não vai sofrer depois?”…
Alheio aos meus pensamentos, repete:
“Papai, brinca comigo? Tenta pegar a bola de mim!”…
Imagino que o Paraíso para ela,
para além de ter comida à vontade,
gulosa que é,
seja ter a quem ama a jogar a bola para que possa correr,
pegar no ar e voltar para jogar de novo,
ad eternum…
Tento transformar a vida da velha amiga
em vida nova,
o Paraíso na Terra e,
por aquele instante,
vivo a eternidade.
Ah, esses esses seres mais humanos que nós. Tudo e tão simples para eles. Ou sim ou não. Sem talvez, quem sabe. Nada de certo ou errado. Apenas uma bolinha para brincar. Durante muito tempo me questionei porque teriam se aproximado de nós e fácil. Para nós humanizar
Perfecto, Lunna!