BEDA / Scenarium / Redundância*

Redundância
Água – líquida e solida

“O meu momento mais íntegro neste ano que se encerra, em que me senti como parte da Natureza. Penedo.”: publiquei no Twitter. O momento a que me refiro me mostra tentando me equilibrar em meio à força ao turbilhão formado por uma das muitas corredeiras de Penedo. A palavra “meu” me pareceu de início redundante porque, logo depois, reitero que naquele instante “me” senti verdadeiramente integrado à Natureza, nossa Mãe. Realmente, a força da água fria, o som daquele jorro de claridade líquida, emoldurada pela vegetação exuberante, me deu a inteira acepção do poder natural. Era meu, aquele momento, e agora é nosso, compartilhado com quem me lê em marca d’água.

*Texto de 2011

B.E.D.A. — Blog Every Day August

Adriana AneliClaudia LeonardiDarlene ReginaMariana Gouveia

Lunna Guedes

5 thoughts on “BEDA / Scenarium / Redundância*

  1. Esses lugares impregnados de vida nos conectam ao princípio da existência… Lembrei do poema de Arnaldo Antunes, cujo trecho compartilho abaixo, agradecida pela partilha do seu momento
    “…Debaixo d’água protegido, salvo, fora de perigo
    Aliviado, sem perdão e sem pecado
    Sem fome, sem frio, sem medo, sem vontade de voltar
    Mas tinha que respirar…”

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