Hoje, eu encontrei a Filosofia na saída da academia. Ela vinha da aula de natação, trajava um vestidinho rosa e não devia ter mais do que três anos de idade. A moreninha, rápida e esperta, correu à frente de sua mãe, fazendo com que ela a advertisse: “Pare, Filosofia! Me espere!”. Como Filosofia não a obedecesse e rapidamente atravessasse a catraca por baixo, fazendo menção de ir à rua, sua mãe gritou: “Não corra, Filosofia!”. Eu, que estava um pouco adiante, já me preparava para segurá-la a fim de evitar que fosse para o asfalto. Acho que, assustada com a minha presença, parou repentinamente e me olhou com os seus olhos curiosos, a tempo da mãe alcançá-la e ralhar por seu comportamento.
Senti-me reconfortado com a possibilidade de ter salvado a Filosofia de sofrer algum acidente. Imediatamente, comecei a desejar o melhor futuro possível para aquela menina de nome tão pouco usual. No caminho de volta para casa, fiquei pensando que mesmo neste mundo tão prático, ainda podemos encontrar a Filosofia em qualquer lugar, como na academia de atividades físicas…
*Texto de Março de 2012
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