Manhã de abril,
outono no hemisfério sul…
Na parede,
a refletir no teto,
um caminho azul…
Olhos cerrados
e desnudos de lentes —
miopia cativa
e imaginação ativa —
pronto!
A minha vida a se perder
nas primeiras horas do dia,
a invadir o azulado ponto…
Por ele avanço,
ultrapasso idades,
volto a ser infante,
ser desregrado,
beligerante…
pai ausente,
menino em busca do sagrado
da existência,
do amor, da paciência —
ciência da paz que cria
vir com a experiência…
Ainda que cansado,
continuo o percurso
de quem morre e revive
espantado…
*Adaptado de poeminha de 2017
Participação: Lunna Guedes / Mariana Gouveia / Claudia Leonardi / Roseli Pedroso / Bob F.

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