
A flor gérbera ou gerbera
Não importa como reverbera
O som em meus ouvidos
Sinto que me carrega para olvidos
Tempos de minha mãe atuante
Mulher de presença tonitruante
De sentimentos vivos e emoções intensas
Um passado de dificuldades imensas
Ela queria ter a casa arrumada
Flores na sala limpa e ordenada
Cozinha sempre pronta para as visitas
Porta-retratos para as fotos vistas
Revistas e revisitadas boas vibrações
Buscar o exterior de luminosas visões
Um quintal onde os pássaros cantassem
E os cães latissem para os que passassem
Projeto que nunca totalmente se cumpriu
Pouco dinheiro, muito trabalho, marido que sumiu
Ouço a voz suave da fala da bela flor
Num canto, à espera do olhar adorador
De quem cumpre a missão de lembrar
Quanto amor recebeu da mãe-mulher exemplar…
Não tenho muito apreço por rimas, você sabe. Ao ler o vosso poema, me lembrei das aulas de literatura, onde tudo começou. Métrica e afins. Mas, hoje a rima me lembra o rap paulistano, onde tudo rima e eu não compreendo porque me perco com as rimas. A insana, eu!