Enquanto um pterodátilo nebuloso carrega o sol no bico para o outro lado do mundo, eu percebo o quanto o manto verde da minha vila foi tomado pelas construções humanas. A antiga fazenda loteada se transformou em um bairro populoso e com problemas no escoamento do trânsito em suas ruas tortuosas. O que nos salva da aridez total é o horizonte ainda visível a partir de pontos mais elevados, como onde estou. Um dia, no entanto, os edifícios mais altos, que se aproximam à esquerda, começarão definitivamente a fazer parte da paisagem humana e talvez não haja como evitar a extinção dos bichos que passeiam no fundo da minha imaginação…
Lunna Guedes / Mariana Gouveia / Roseli Pedroso
/ Alê Helga / Claudia Leonardi / Darlene Regina / Adriana Aneli
Incrível como uma foto e um único parágrafo podem nos encantar tanto. Como boa apaixonada por fotografia e natureza que sou, qualquer foto nessa temática me chama atenção. E o por do sol, o crepúsculo, é meu momento favorito do dia. Afora isso, a reflexão do texto é algo que sempre passeia pelos meus pensamentos, também temo pelo dia em que, como você bem disse “os edifícios mais altos, que se aproximam à esquerda, começarão definitivamente a fazer parte da paisagem humana”.
Sempre gostei de fotografia. Da luz e sombra, ângulos e temas de todas as ordens. Apenas com o advento do celular pude exercer essa paixão. E qualquer momento e oportunidade faz a diferença entre a foto ideal e a comum. É quase como viver…
Que bela foto e texto lindo!
Lindissima essa foto… fiquei cá a imaginar o antes e o depois dessa realidade urbana.
A transformação constante impede que consigamos encontrar algo através das imagens de um entardecer. Vez ou outra, encontramos o fantástico.