B.E.D.A. / Fome De Pedra

Eu não sei o que acontece, mas não são poucas as vezes que eu sinto uma tremenda vontade de abocanhar esta cidade de asfalto e pedra!

Degluti-la quase toda e a vomitar inteira, renovada e rediviva.

Quando a vejo tão aparentemente desabitada, como nesta manhã de domingo, ainda sei que por trás de suas paredes, portas e janelas, o drama da vida se apresenta implacável e comovente…

Amores acordaram abraçados…

Traições foram postas à luz…

Amizades passaram a noite insones apenas no bate-papo livre e sem rumo…

O desejo de ser feliz pode ter encontrado guarida nos peitos e as paixões nos corpos. ..

Ou, tristemente, podem ter se perdido entre os desvãos dos prédios e das ruas sem saída da Metrópole insana que desperta…

*Manhã de um domingo de agosto de 2016.

Participam do B.E.D.A.:
Lunna Guedes
Adriana Aneli
Cláudia Leonardi
Mariana Gouveia
Roseli Pedroso
Darlene Regina

6 thoughts on “B.E.D.A. / Fome De Pedra

  1. Interessante, a escrita faz isso… devora e como um corpo doente-carente, devolve. E o que chega em palavras não é nada do que lá está. É outra coisa. Como disse Borges, não é a cidade, somos nós. rs

  2. A cidade reflete apenas o que está dentro de nós… sinto isso ao andar pela minha.
    Abraço

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