O Carnaval tem suas raízes na Antiguidade, entre o Egito e a Grécia. Eram festas dedicadas aos deuses que congregava a população em torno da comemoração do fim do Inverno e a chegada da Primavera, em que se verificava certa transgressão à ordem social. Com a chegava do Cristianismo ao Império Romano, não sendo possível impedir que acontecessem, foi imposto regramento a esses festejos profanos. Foi instituído pela Igreja um período de três dias de celebração, que termina na Quarta-Feira de Cinzas, às vésperas da Quaresma. Este período dura quarenta dias até a Semana Santa, e representa para os fiéis cristãos o preparo espiritual para a Páscoa, a Paixão de Jesus Cristo e a sua ressurreição três dias depois de ter sido crucificado e morto.
Apesar de ser traduzida como “festa da carne”, de fato o termo Carnaval vem do latim carnem levare, que significa “abster-se, afastar-se da carne”. Apesar de cidades como Veneza (Itália), Nice (França), Nova Orleans (EUA), Ilhas Canárias (Espanha), Oruro (Bolívia) e Barranquilla (Colômbia), apresentarem estilos de carnavais bastante atrativos, foi no Brasil que ganhou importância e substância de identidade nacional. Trazido pelos colonizadores portugueses, os historiadores afirmam que a festividade se estabeleceu no país entre os séculos XVI e XVII e teve como primeira prática o entrudo — brincadeira que se fixou primeiramente no Rio de Janeiro — porém, com o tempo, cada região do País estabeleceu configurações diferentes, entrelaçadas às características peculiares de cada lugar, propiciando uma riqueza cultural inigualável.
Em 2020, a Covid-19 surgia no horizonte, mas o Carnaval ocorreu e as consequências todos sabemos. Apesar de criticarem a sua realização, a oposição às medidas sanitárias só começou a arrefecer com o crescimento dos números, meses depois. Transformada em batalha ideológica, o cancelamento do Carnaval em 2021 foi considerado inevitável pela maior parte da população. Fato inusitado em 2022 e que contraria a história do próprio Carnaval, se a variedade Ômicron permitir, ele será realizado na sua versão oficial em desfiles em São Paulo e no Rio de Janeiro depois do fim da Quaresma. Ou seja, o pecado virá depois da penitência. Mas isso já estamos acostumados a fazer…

Uma primeira viagem ao Passado. Aqui, estou à frente da mesa iluminação que utilizávamos em 1995 pela Ortega Luz & Som. No caso, esse dispositivo foi montado com madeira, interruptores e tomadas comuns. Na época, não tínhamos recursos para comprar um equipamento mais profissional, mas esta nos serviu bem e por um bom tempo.


Outra viagem, esta para o Carnaval de 1996 do Clube Guapira. Naquela época, o contrato era para a realização de nove eventos — um pré-Carnaval, um sábado antes, quatro noites, três matinês e um pós, no Sábado de Aleluia. Ao lado do meu irmão e sócio na Ortega Luz & Som, Humberto, está o Carlão, cantor da Banda Nova Geração e veterano de vários carnavais que tinha técnica vocal para realizar a maratona sem perder a voz, algo comum depois de tanto esforço. É um amigo que morreu de amor. Com o passamento de sua esposa, três meses depois, ele também se foi…

Participam:
Mariana Gouveia / Lunna Guedes / Roseli Pedroso / Isabelle Brum / Darlene Regina
Bons registros Obdúlio e excelente dados históricos sobre esse acontecimento que virou marca em nossa cultura.
Independente do que diz as palavras do latim, prefiro Pessoa, Navegar é preciso; viver não é preciso.
Na última foto poderia ter uma daquelas fitinhas coloridas ou confeti, como resto da última festa, antes do grande caos. Seria profético, não? rs
Seria, mas me lembro de ter encontrado apenas este restinho de alguma fantasia…