Foto por Elina Krima em Pexels.com
A loucura não era pouca.
Ele,
tomado de amor,
vibrava em jatos.
Ela,
gemente de paixão,
terminava em prantos…
Dos lençóis revolvidos,
surgiam unidos
em corpo, suor e sangue.
As almas,
abandonando a ambos,
esvaíam-se pelos poros…
Os fluídos,
em escambos,
formavam um rio de odores
doces
e cruas dores…
Quando se despediam,
era como se fosse o último
encontro.
É como se acabasse
o mundo.
Como se fechassem os portais
do tempo.
Como se cessassem a contagem
das idades.
Como se inaugurasse o Templo
da Saudade…
Até o próximo
quarto de Lua.
Até se abrir a porta
do próximo quarto.
Até a entrega
do próximo beijo.
Até a consumação
do imenso desejo.
Até que ele se entregasse
em exaustão à rinha,
até que ela incorporasse
a Louca Rainha…
Belo e intenso, como devem ser as paixões… 🙂
Abraço
Tríccia, as paixões não atendem a protocolos de segurança… O abraço? Apertado…
É verdade… rs
Outro! 🙂