Alguns perguntarão do que se trata. Respondo: este pequeno objeto ao centro é um papel laminado que encontrei hoje de manhã no chão de casa. Provavelmente, fui eu que o transportei na sola de meu sapato desde o local onde se realizou a festa de casamento na qual sonorizamos e iluminamos a banda que nela se apresentou.
São resquícios do momento em que os noivos adentraram ao salão de festas, recebidos por aplausos, assobios, gritos, ovações, pipocar de flashes e… papéis laminados. Desde a Copa do Mundo de 2002, na qual Cafu levantou o troféu para o alto, acompanhado de papéis laminados regurgitados ao alto por máquinas que apropriadamente adotam o nome de Sky Paper Machine, se tornou quase obrigatório incluir este item nas festas de todos os matizes e motivações.
Isso, para o desespero de quem limpa os salões, que sofrem para removê-las do chão ou onde quer que esse troço grudento se adere. Além da apreensão de operadores técnicos de moving-lights, mesas de som e outros equipamentos eletrônicos — ferramentas trabalho que podem ser danificadas —, “queimadas” quando essas coisinhas penetram em suas placas de circuitos através das frestas de refrigeração. Quanto aos casamentos, a maioria durará bem menos do que esses papéis do céu…
*Texto de 2012
Participam do B.E.D.A.:
Adriana Aneli
Cládia Leonardi
Darlene Regina
Mariana Gouveia
Roseli Pedroso
Lunna Guedes
O meu já dura 34 anos, indo para 35 e espero que dure mais 35…
O meu casamento tem data de início há 33 anos, mas nossa união – da Tânia e eu – tem 34. Ainda assim, diante de tantas crises, diria que sofreu várias términos e reinícios. Acho que deixamos os outros que fomos e reinauguramos outros renovados. Conosco, tem sido assim.