há um padrão no caos
revela que nós
paulistanos de fora ou daqui
somos repetitivos – erguemos nossas casas
em imperfeitas linhas retas
elevamos a nossa imaginação do chão
em reta sobre reta
teto sobre teto
sempre mais alto
sempre mais raso
mais do que seria conveniente
vemos ejacular por alguma antena de aço
a simetria em distonia
e a cor intrometida
em berros pecaminosos
o elemento humano constitui a exceção
à regra – o caminho é um papo reto
a quadratura descobriu
por estas paragens
a sua cidadela.
atravessar pontes
em tempos nebulosos
atravessar tempos
em pontes tortuosas
atravessar pontempos…