
O meu amigo Ivan Rocha passou de “noivo” para “solteiro” no Mural do Facebook. À propósito do fato divulgado de maneira tão direta em seu perfil, comentei: “Ivan está só, está ao sol, está inteiro, está solteiro!”. Ao que ele lembrou que uma vez, de forma similar, brinquei com a palavra “amortecedores”, destacada na propaganda de uma oficina mecânica: “É, o amor tece dores”… À parte o encontro de rimas forçadas ou significados ocultos no que dizemos ou vemos escrito por aí, divaguei à respeito da primeira montagem.
Estar só é estar inteiro? Quando estamos com alguém em realidade nos dividimos. E por que sentimos essa necessidade de sermos apresentados em duas partes? Se somos inteiros em nossa unidade, por que queremos encontrar completude em outro? E se queremos nos completar em outro, que força poderá manter unido um casal, além da ilusão do amor? Em se considerar o amor algo ilusório. Sempre haverá alguém que considere o desejo ou a paixão como sendo amor, se iludindo que queira unir-se a outro ser pela força dessa ilusão. Quando descobrimos ser só isso e a atração se esvai, o que antes era inteiro, nos deixa partidos, até… juntarmos os cacos, nos fazermos inteiro para depois sermos atraídos para nova partilha.
Bem… como eu disse, são divagações…
*Texto de 2011
B.E.D.A. — Blog Every Day August
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