
Eu já escolhi em quem votar. E, principalmente, escolhi em quem não votar – um, entre todos. Ou seja, qualquer que seja o/a seu/sua oponente, caso chegue ao segundo turno, voltarei contra Jair Bolsonaro. Esse senhor talvez seja a pessoa mais despreparada para chegar ao cargo mais importante da Nação já visto. O que é incrível, visto o péssimo rol de candidatos que se apresenta para esta eleição e outras que já tivemos.
Não sabe nada sobre Economia. Não sabe nada sobre Educação. Não sabe nada sobre Saúde. Não sabe nada sobre relações humanas. Não sabe nada sobre governar. Talvez saiba algo sobre mandar, acostumado que está a ser obedecido por tropas sob seu comando: “Atirem, matem, recarreguem, atirem!”. Fala como um atirador. Acertas vários alvos. Balas perdidas, faz vítimas a torto e a direito. Seus apoiadores urram de satisfação se atinge um “malfeitor”, apesar dos vários corpos de inocentes jogados lado a lado.
Prometeu equipar com poderosas armas de fogo os combatentes de crianças de 8 anos de idade com fuzis nas mãos. “Nossas” crianças contra as “deles”. Nada de criar uma sociedade igualitária pela educação de qualidade, estimular a inclusão de brasileiros ao mercado de trabalho, diminuir a desigualdade. Não. Vamos matar todos que estão do “outro lado”. Talvez seja a guerra tão sonhada por generais ociosos que creem na revolução pela violência – equalizar pela eliminação, o diferente.
É homofóbico, saúda a família tradicional e o casamento entre heterossexuais como instituição – já fez isso três vezes. Nada contra. Parece gostar de mulher, mas não da mulher – misógino. Racista, avalia pessoas por arroba. Disse ter Deus no coração e professa o ódio como base de atuação. Ódio que atingirá a todos que não seguirem a cartilha do “marchar, continência, obediência cega, botas limpas, visual limpo e insuspeito”. Nada de educação sexual para as novas gerações de crianças que, com cinco anos de idade, já “aprendem” a fazer sexo em vídeos explícitos em seus celulares, no recesso de seus lares.
A sociedade brasileira, depois de anos de desenganos, está doente. Quer um remédio amargo, “nova” fórmula, mas tão antiga quanto a história da humanidade. O século passado passou, contudo, corre nas veias de velhos preconceituosos e jovens que desejam uma velha ordem, com cara de novidade. Os criminosos de dentro e fora do governo estão exultantes com a possibilidade de que tudo piore. Quem não sabe o que já aconteceu neste País, quer apostar no quanto pior, melhor. Ver o circo pegar fogo é o desejo de todo palhaço assassino.
Em outubro, Marielle poderá ser executada novamente, em público, à luz do dia, em uma emboscada que está sendo armada por todos nós, brasileiros. A mulher que representa as minorias (em direitos atendidos), será fuzilada mais uma vez. Eu, que não professo posicionamentos da esquerda partidária, reverencio a história dessa mulher. Sua memória de luta será aviltada, de novo. Nessa oportunidade, os autores do crime estarão armados de títulos de eleitor.
Participam do BEDA: Claudia — Fernanda — Hanna — Lunna — Mari
Sim, o Bozo é um atirador e um idealizador de farsas, não é bobo, sabe muito bem como articular suas falas, disparando-a para atingir aquela porção de gente preconceituosa que nem se esconde mais, não sente vergonha d dizer bobagens e fica livre para ofender-agredir-machucar o outro e o mais triste, são pessoas que se julgam superiores por serem ‘diferentes’ do resto do bando.
Enfim, eu sempre fui a esquerda e serei sempre, mas não no Brasil onde esquerda e direita são iguais em atitudes e pensamentos. O discurso da esquerda só difere quando na oposição. É bonito de se ouvir e por isso convence.
De qualquer maneira, existe uma esquerda que acredita nas pessoas e que luta por seus direitos de cidadão. São poucos, mas existem. O problema é que caem um a um.
Já conversamos sobre o quanto a esquerda (brasileira) está sem rumo, Lunna! Crise de identidade e extinção de auto-crítica para poder se reposicionar diante das questões cruciais do País.